A hemodiálise é um lugar onde as crianças ficam numa máquina, esta máquina é como se fosse o nosso rim. Há 8 meses eu peguei uma salmonela com septicemia e fiquei em coma profundo por 3 dias. Aí a doutora me deu um remédio para eu acordar, só que isso afetou os meus órgãos e principalmente os meus rins, porque desde que eu nasci eu tenho uma doença chamada rins policísticos. E então eu comecei a fazer hemodiálise. No início eu pensava que era a pior coisa. Agora eu vejo que foi a melhor coisa que já me aconteceu. Tenho as melhores enfermeiras, a melhor e mais bonita doutora de todas (Dra. Mariana). Quando eu transplantar só vou vir visitar. Aqui todos nós somos uma família e nessa família eu amo todos.
Lauanda Silveira Domeles, 11 anos
Meu nome é Julia, tenho 14 anos e faço hemodiálise há 2 anos. Antes de fazer hemodiálise eu morava com minha família em Terra Roxa , interior do Paraná. Quando soube que tinha que fazer o tratamento eu e minha família viemos morar em Curitiba porque onde a gente morava não tinha lugar pra fazer e a cidade mais perto é Cascavel (130 km de Terra Roxa). Lá o tratamento é só para adultos e como os médicos do Hospital Pequeno Príncipe me conhecem desde pequena é mais fácil fazer aqui. Minha mãe e eu começamos a morar em Curitiba, minha irmã veio depois. Ela está fazendo faculdade e o meu pai está morando sozinho em Terra Roxa , porque nós temos uma fábrica de bordar roupas de bebê e não podemos largar tudo e vir pra cá e depois de fazer o transplante voltar de novo. Meu pai vem pra Curitiba a cada 15 dias e nós vamos pra lá nas férias. Eu estudo no Colégio Sagrado Coração de Jesus e de tarde (segunda e sexta) faço uma sessão de hemodiálise de três horas e meia, esperando um rim.
Julia Giombelle, 14 anos
Julia
Antes de começar a hemodiálise eu ficava com medo. Eu não sabia como que era. A primeira vez não foi divertida, foi chato e doeu o catéter. Mas depois eu e o José Lucas fazíamos bagunça juntos e eu comecei a gostar de fazer hemodiálise. Agora que o José Lucas fez transplante, tem o Lucas e os outros amigos. Se não fosse os amigos ia ser chato.
Aqui o sangue passa pelo capilar, limpa e volta pra nós. O mais chato é que a gente não pode tomar líquido. Quando eu to com muita sede eu tomo um golinho só. O que eu quero é ganhar um rim, porque não dá pra sobreviver sem tomar água muito tempo, nem dá pra ver meus parentes (que moram no Mato Grosso).
Emerson Nunes de Amorim, 17 anos
Emerson
A hemodiálise é legal. Aqui eu tenho o meu melhor amigo que é o Emerson, aqui nós brincamos muito e a Fátima me coloca na máquina. Todas são muito legais: a Maria, a Fatiminha e a minha mãe, que me traz todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Eu devo tudo a ela.
Aqui nós somos muito bem cuidados. Eu e o Emerson cantamos, até fazemos uma dupla, “Os Renais”, e dançamos muito bem (pelo menos eu acho). Eu adoro o Pequeno Príncipe, estou aqui desde que eu nasci, a professora Mariana é legal, ela me ensinou muitas coisas. Do meu outro lado ta a Julia que é legal também. Aqui eu conheci todos os amigos que são amigos mesmo. Eu aprendo o que é ser amigo aqui. Muito obrigado hemodiálise por cuidar de mim.
Lucas Vaz Marche, 13 anos
Quer saber mais sobre hemodiálise?
Visite o site do Willian: willianrst86.blogspot.com
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