Educando


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PRÁTICAS DE MATEMÁTICA MODERNA NA FORMAÇÃO DE NORMALISTAS NO 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ NA DÉCADA DE 1970 
Dissertação apresentada por Mariliza Simonete Portela ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito à obtenção do título de Mestre.

Resumo: A presente pesquisa, de natureza histórica, buscou investigar como a Matemática Moderna foi incorporada à formação de normalistas, no Instituto de Educação do Paraná (IEP) na década de 1970, período no qual as ações do movimento de modernização da matemática tiveram maior repercussão no Brasil. A escolha da Instituição, criada em 1876, como locus desta pesquisa deve-se ao seu pioneirismo no Estado, na formação de professores para atuar nas séries iniciais do ensino e por ter sido protagonista das reformas educacionais ocorridas no Brasil, incluindo as ações modernizadoras do ensino de matemática. Para conhecer a trajetória de formação de professores normalistas no contexto político educacional brasileiro, buscou-se fundamentação em Romanelli (2008), Tanuri (2000) e Villela (2000) entre outros, Miguel (1997, 2004, 2008) e Wachowicz (1977, 1984) com estudos voltados para o contexto educacional paranaense. Para compreender as relações estabelecidas com nosso objeto de pesquisa naquele espaço específico, valeu-se do aporte teórico metodológico da história cultural em Certeau (1992), Chartier (2007), Le Goff (1989) e Julia (2001) e Geertz (1989). Autores como Valente (2006, 2008) e Pinto (2005, 2006, 2008) foram consultados em razão da extensa produção contemplando a trajetória histórica da disciplina Matemática. As fontes utilizadas foram documentos do IEP referentes ao curso de formação, registros do plano de aula da disciplina Didática da Matemática, materiais pedagógicos que orientaram as aulas de metodologia e depoimentos orais de protagonistas das ações da Matemática Moderna no espaço e no período estudado. O estudo mostra que nesse período as práticas de ensino da Matemática Moderna que orientaram o curso de formação de normalistas, chegaram por meio de um grupo de professoras constituído pelo Núcleo de Estudos e Difusão do Ensino da Matemática (NEDEM) sob a orientação do Professor Osny Antonio Dacol. Mostra também, como esse grupo de professoras estudando as teorias de Piaget, utilizando os Blocos Lógicos de Dienes, desenvolvendo atividades e experimentando em sala de aula, produziu material didático de Matemática Moderna para o ensino primário. A produção, inicialmente de modo artesanal, lapidada e posteriormente editada oficialmente foi utilizada pelas escolas primárias do estado do Paraná. As práticas de ensino da Matemática Moderna foram absorvidas no Instituto de Educação do Paraná, orientando as práticas de formação das normalistas e as atividades desenvolvidas nas escolas onde aplicavam as teorias aprendidas.
 
Palavras-chave: Matemática Moderna. Educação Matemática. Formação de normalistas. Ensino primário. NEDEM.

para acessar a dissertação na íntegra.




LEITURA COMPARTILHADA: UMA CRÔNICA DE ENCONTROS
Dissertação apresentada por Claudio C. P. Teixeira como requisito parcial 
à obtenção do grau de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, 
do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná.  
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Leilah Santiago Bufrem

Resumo. Analisa a Biblioteca Viva em Hospitais (BVH), ação continuada de compartilhamento
de leitura que faz parte do programa educacional para crianças e jovens em
tratamento no hospital Pequeno Príncipe de Curitiba. A apresentação e análise da
BVH são precedidas pela apresentação de algumas das principais idéias de
estudiosos da atualidade sobre aprendizagem da leitura e formação de leitores.
Sessões de leitura do BVH foram filmadas digitalmente e analisadas a partir das
perspectivas teóricas acima apontadas. O estudo demonstra que a leitura
compartilhada, realizada em conjunto por crianças, jovens e adultos, desperta forte
interesse em todos os envolvidos, levando os participantes a leituras intensas e
extensas. Aponta a correção das idéias da corrente teórica do Letramento Social,
como a de que a aprendizagem da leitura e a formação do leitor se dão como um
processo social, a partir dos usos próprios que um grupo faz da leitura. O estudo
aponta, em especial, as potencialidades de programas desta natureza para a
formação de leitores dentro de um contexto de ações da escola.

 
Palavras-chave: Leitura. Leitura compartilhada. Biblioteca Viva.


para acessar a dissertação na íntegra.

 

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